miércoles, diciembre 14, 2005

Voltando à realidade?

Voltei pra São Paulo na sexta passada e ainda estou tentando me readaptar a essa cidade, se isso for possível.

A sensação de angústia, medo e ansiedade que me tomaram quando descia o avião misturaram-se com a impressão de que nada mudou e de que eu somente havia passado um fim de semana longe de casa.

Mas muita coisa mudou sim.

Em meio ao trânsito que parece só piorar, ao "fenômeno Bruna Surfistinha" (eu poderia ter ficado sem saber dessa), à lama no Planalto e ao nervosismo que o futebol ainda me causa, consegui listar algumas coisas das quais certamente vou sentir saudades em Buenos Aires:
- Poder caminhar pelas ruas
- Poder viver (bem) sem carro
- Os cafés com medialunas
- A linha de ônibus 110
- As praças, parques e a quantidade de árvores que deixam qualquer paulistano envergonhado
- O bairro de Palermo Viejo
- Os vinhos bons que custam menos de 10 pesos
- Os asados
- O sorvete de doce de leite caseiro com brownie da Persicco
- O sotaque porteño
- Os amigos
- O apartamento 10ºD

Por outro lado... não posso deixar de mencionar algumas coisinhas que, sinceramente, podem ficar lá na Argentina de vez:
- A poluição, principalmente dos ônibus
- A falta de educação dos motoristas argentinos para com os pedestres
- A imagem do Maradona como o Deus do universo
- O tango que toca incessantemente pelas ruas
- Os donos do meu ex-apartamento

Entre tantas coisas, só posso citar a frase do mestre. E ainda que ela tenha se tornado um chavão, faz todo o sentido.

"Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena"

Vou organizar as idéias, porque agora o momento é de ebulição, e voltar a escrever em breve.

martes, diciembre 06, 2005

Monsters Inc.

Que o povo argentino é bonito, isso todos já sabem. Mas agora chegou a vez de eu cumprir meu papel de mulher e soltar um pouquinho de veneno. Vou contar-lhes o lado obscuro da mulher argentina.

O título desse post não é exagero, não. Aqui, é muito comum nos depararmos com um verdadeiro show de horror. Ressalto que esse post é fruto de conhecimento empírico, do famoso: "meninos, eu vi!!"; ninguém me falou, ninguém me contou, eu mesma experimentei a visão do inferno.

Bom, se por um lado a mulher argentina é quase sempre magra, tem cabelos lisos, enfim, tem tudo para parecer-se uma modelete, por outro lado existem as:

botocadas: o fenômeno botox também chegou aqui. Caminhando pela rua, é fácil encontrar mulheres com cara de peixe, de tão bocudas e sem expressão;

repuxadas: um dado importante é que a Argentina é um dos países em que a cirurgia plástica é mais acessível à população. Só que tem gente que quer aproveitar ao máximo, e aí exagera na dose. É pele repuxada daqui, pálpebra levantada dali, e um resultado monstruoso. Mulheres com expressão de um constante susto.

curtidas pelo sol: a cidade de Buenos Aires não tem praia mas o povo é viciado em sol. Por isso, quando faz tempo bom as praças e parques ficam cheios. Só que me parece que parte das mulheres se esquece de um elemento fundamental: filtro solar. Aquela canção "use filtro solar" agora faz mais sentido do que nunca para mim. Os efeitos do sol nas peles de algumas mulheres resultam em peles manchadas, sem elasticidade, e com uma coloração de "carne curtida". Terrível.

anoréxicas: quando eu li uma matéria que dizia que a Argentina era o segundo país com o maior índice de anorexia, fiquei impressionada. Mas quando eu comecei a ver com uma certa freqüência mulheres anoréxicas, aí eu fiquei chocada. É sério, já cruzei diversas vezes com mulheres que me deram a sensação de que se eu desse um tapinha nelas, quebraria algum osso.

híbridas: assim como escrevi no post sobre os mullets, as mulheres também podem ter características de uma ou mais categorias. Uma mulher curtida pelo sol e com a pele toda repuxada. Ou uma que tem a boca maior que a da Daniela Cicarelli e é mais magra que a Sandy. E por aí vai...

E, antes de finalizar, um comentário importante: para aqueles que pensem, "nossa, como a Ana é maldosa", repito: tudo isso é fruto de OBSERVAÇÃO! E em momento algum generalizo minhas conclusões. Existem mulheres maravilhosas aqui. Mas que a Argentina tem suas monstrinhas, isso tem.

Besos.

sábado, diciembre 03, 2005

Isso aqui é um pouquinho de Brasil...

Pode parecer clichê, mas é mais pura verdade: brasileiro não tem igual. Olha, não querendo ser ufanista e essas coisas, mas quando brasileiro se junta, é pura alegria.
Digo isso porque nesse último sábado minha prima Pat e seu namorado Martin fizeram uma festa de final de ano na casa deles.
Vamos dizer que 20% dos presentes eram brasileiros, muitos ainda não se conheciam entre si. E 5 minutos bastaram pra nos juntarmos na bancada, fazermos boas caipirinhas, caipiroskas, batidinhas e afins, contarmos histórias engraçadas, compartilharmos experiências, darmos muita risada... Mais que nunca, me senti em casa.
Em certo momento, os músicos presentes - todos argentinos, diga-se de passagem - se juntaram numa batucada coletiva, com pandeiros, tambores improvisados, sinos e etcs., e o resultado foi que nos esbaldamos de cantar Clara Nunes, Zeca Pagodinho, Luiz Gonzaga... escutar uma sala com 80% de estrangeiros cantando: "é água no mar... é maré cheia ô, mareia ô, mareia..." foi algo indescritível: uma autêntica roda de samba brasileiro em território portenho.
Tudo isso me fez pensar que, para se estar no Brasil, não é preciso estar no Brasil. O clima e a energia do nosso país nós os carregamos para onde quer que seja. Por isso cada vez mais tenho a certeza de que, aonde quer que eu esteja, sempre vou dar um jeito de estar no meu país.
Aí vão algumas fotos tiradas na noite.

Eu, minha prima Pat ao centro, e Ana Paula, brasileira que vive aqui em BsAs.


Balcão das caipirinhas - Analía, Hernan, Pat, Ana e eu


Batucada e samba no pé


Batucada

viernes, noviembre 18, 2005

O argentino e os peidos

Calma, antes que você pense que eu vou falar sobre nosso gás natural, explico. O idioma espanhol tem certas palavras, expressões ou “soluções lingüísticas” muito curiosas. Por exemplo, aqui quando se diz “ahora ya te explico”, não significa que a pessoa vai te explicar agora agora, mas sim daqui a pouquinho.

Ja outras palavras praticamente te fazem perder qualquer respeito pelas pessoas. Afinal, o que dizer de um povo que chama cachecol de "bufanda" (parece buzanfa), tomada de "enchufe", espirro de "estornudo", e o melhor, privada de "inodoro"?? Sim, vaso sanitario aqui se chama inodoro. Quer coisa mais contraditoria???

Por outro lado, há algumas expressões informais que eu pensei que só existissem no português, mas que aqui também são usadas. Quem diria que a expressão “nem a pau” tivesse seu correspondente em espanhol? “Ni a palo”. Gostou? Caiu a ficha? Ou melhor, "te cayo la ficha?" (sim, essa tambem).

Mas o melhor está por vir. Aqui na Argentina a palavra peido tem várias utilizações. A primeira vez que eu escutei, pensei: “não, deve ser outra coisa, “pedo” não deve significar “peido”. Ledo engano. Bom, basta de introduções e vamos aos exemplos:

Você está em casa, sem fazer nada, na vagabundagem? Então “estás al pedo”.

Você sai de casa especialmente para conhecer um restaurante novo, super bacana, que fica longe, e quando chega lá ele está fechado? Então, “fuiste al pedo”.

Decide ir para um bar com os amigos e depois de 3 garrafas de vinho e 15 chopps, podemos dizer que “ustedes están en pedo”.

No dia seguinte, acorda atrasado e sai correndo para o trabalho ou, em outras palavras, “andás a los pedos”.

Tem que fazer um trabalho super difícil e que, surpreendentemente, você resolve de forma fácil. Alguém te pergunta como você fez isso e você responde: “no sé, me salió de pedo!”

Agora, o mais engraçado é pensar nessas mesmas expressões em português. “Oi, não, não estou fazendo nada, tô aqui em casa ao peido”. “Putz, viemos só para conhecer esse lugar e ele está fechado! A gente veio ao peido, então…”. “Gente, acho que bebi um pouquinho demais, tô em peido!”. “Ih, olha la a Ana andando aos peidos, deve estar atrasada de novo pro trabalho...". “Juro que não sei como resolvi esse problema, me saiu de peido!”

No mínimo, curioso… isso sem contar a quantidade de vezes que se utiliza a palavra “cagar” em suas variações. “No me cagues…”, “eso es una cagada”, e por aí vai.

Minha prima Pat que mora aqui fez uma observação interessante. Parece que os argentinos não saíram da fase anal da psicoanálise.

Enfim, Freud explica!

Besos.

sábado, noviembre 05, 2005

Mullets: informaçao adicional

Na emoção de escrever sobre os mullets, acabei esquecendo de colocar um detalhe, no mínimo, curioso. Graças à contribuição do meu amigo Carlão, agora apresento a vocês a versão mais que fashion dos mullets. Aqui, até os manequins usam mullets. Isso mesmo. Numa loja bacana, com roupas bacanas, nada melhor que fazer com que os manequins reflitam o ideal de imagem dos consumidores não? Pois então, coloque uma peruquinha mullet no seu manequim e garanta o sucesso de seu negócio!

miércoles, noviembre 02, 2005

Mullets: ter ou nao ter, eis a questao.

Uma coisa que eu não entendo nos argentinos: como um país que tem uma das maiores concentrações de pessoas bonitas, ao mesmo tempo tem a maior concentração de usuários de mullets. Aos que por algum motivo não conhecem esse termo, explico: mullets é um modelo de corte que se caracteriza por cabelos mais curtos por toda a cabeça mas que na parte da nuca apresenta fios, em pequena ou grande quantidade, mais longos. Em palavras mais simples: é o famoso estilo “Chitãozinho”.

Por isso, achei mais do que necessário abrir um tópico para falar dessa moda de corte capilar que, por motivos que eu ainda desconheço, faz sucesso aqui entre homens e mulheres. O fato é que passar o tempo inteiro me deparando com usuários de mullets me fez categorizá-los. Sim, a moda aqui está tão “evoluída” que podemos classificar os distintos modelos. Infelizmente não pude fotografar todas as categorias para ilustrar esse show de horror, mas conto com minha capacidade de descrição e com a capacidade de imaginação de vocês.

- Tradicional: O mullet tradicional é aquele que o corte de cabelo ao longo da cabeça é simples, sem muitas inovações, e a parte da nuca é quase uma “extensão natural” do resto do cabelo. É aquela coisa: você vê o usuário de frente, pensa: “cabelo normalzinho”, mas quando ele se vira você percebe que o cabelo normalzinho adquiriu um comprimento um pouquinho maior do que o necessário na parte de trás da cabeça.

- Mega mullet: O mega mullet tem tudo a ver com o desleixo. Seria comparável à barriga do homem. Antes de casar, ele se cuida, fica com a barriguinha OK, mas depois que já é um pouco mais velho, já está casado, estável no emprego e não precisa impressionar mais ninguém, deixa a barriga desenvolver-se do jeito que ela quiser. O mesmo acontece com seu mullet. Nota-se que o homem já não se importa com a aparência que adquiriu seu cabelo, o qual pode atingir um comprimento assombroso. Uma das fotos que eu consegui tirar foi justamente de um mega-mullet. Vejam e tirem suas próprias conclusões.

- Arrumadinho: Engana-se quem pensa que os mullets só são usados pelos desleixados ou fora de moda. Essa categoria de mullet é encontrada principalmente em jovens entre 21 e 30 anos, que trabalham no centro e usam terno e gravata durante o dia e camisas para dentro da calça quando saem à noite. Nota-se um cuidado muito grande com o mullet. Normalmente o cabelo é bem cortadinho, aparado, e o mullet pode se resumir a apenas uns “cachinhos”, ou uma partezinha um pouquinho maiorzinha na minha nuquinha. Enfim, o típico mullet mauricinho.

- Moicano: essa é uma variação dos meninos alternativos. Porque quem pensa que mullet só é usado pelos mais tradicionais, também está muito enganado. Os alternativos de Buenos Aires também adotaram esse penteado. Bom, nesse caso é simples. Um corte moicano (ou estilo punk), só que se estende mais do que o necessário na parte de trás. Sinceramente, às vezes toma proporções tão grandes que parece que o rapaz colocou um peixe em cima da cabeça, e o rabo ficou cobrindo a nuca. Ok... sei que a comparação foi meio forçada, mas foi o que me ocorreu.

- Rasta: também usado pela parte moderna e alternativa dos meninos portenhos. É algo terrível. Não é que todo o cabelo do rapaz é rasta. É só o mullet. Ele pode ter cabelo raspadinho, um pouco mais comprido, liso, crespo, mas só o mullet é rasta. E aí encontramos variações. O mullet pode ser constituído de um único rasta, solitário, praticamente um “tererê”, ou pode ser numeroso.

- Feminino: Para quem até agora só viu homens usando mullets, les presento la versión femenina! Sim, as meninas aqui também sucumbiram a essa moda. Nesse caso é um corte no qual o cabelo é repicado por toda a cabeça, e na parte de trás, obviamente, é comprido. Algumas versões são mais sutis, mas outras... Principalmente quando o repicado é bem radical ou quando o cabelo não é tããão lisinho assim, fica uma espécie de “capacetinho” acompanhado dos fios mais compridos na nuca. E quando elas cismam em prender o mullet em um rabo de cavalo então... nossa. Sem comentários. Também tirei uma foto de uma menina mullet, mas ficou desfocada. Espero que dê para se ter uma idéia...

Híbrido: É claro que o ato de categorizar limita muito qualquer análise. E é por isso que existem os mullets híbridos, ou seja, aqueles que podem ter uma ou mais características de uma ou mais classes. A ordem é usar a imaginação, não ter medo do ridículo, e fazer o mullet a sua maneira!

Alguém se habilita???

Besos.

miércoles, octubre 26, 2005

A presença de mamita

Amigos, antes de mais nada, peço desculpas pela demora nessa atualização. Semana passada minha mãe esteve aqui comigo e, entre passeios, almoços, jantares, comemorações e mudança de apartamento, não tive condições de sentar em frente ao computador.

Por isso, dessa vez vou postar mais fotos que palavras. As fotos da coluna esquerda são de nossa viagem a Colônia, no Uruguai. O barco que nos leva parece um avião flutuante, e Colônia é uma cidade linda e que, por ter sido colonizada também pelos portugueses, lembra muito nossas cidades históricas, especialmente Paraty.

As duas outras fotos 'a direita foram tiradas no dia do aniversário da minha mãe, quando fomos jantar no Asia de Cuba, misto de bar, restaurante e danceteria. Muito lindo.

Bom, por agora é só, mas aguardem que um capítulo especial sobre os mullets dos argentinos está vindo aí...

PS: Desculpem-me, mas como estou num outro computador a configuração das imagens ficou um cocô de cachorro argentino.
















miércoles, octubre 12, 2005

"El Aura" e a cultura argentina

Ontem fui ver o filme El Aura, produção argentina que estreou há cerca de 1 mês e é sucesso absoluto. Sobre o filme não quero falar muito, só adianto que é ótimo. Ele foi dirigido pelo Fabián Belinsky, o mesmo diretor de 9 Rainhas. Quem viu, sabe que o cara é bom. Portanto, recomendo que vocês o assistam (imagino que já esteja aí em SP).
Mas na verdade o filme foi um pretexto para falar um pouco sobre a produção cultural aqui na Argentina, especialmente em Buenos Aires. Na verdade o assunto rende muitas linhas escritas, por isso vou me restringir a alguns poucos exemplos. Percebo que as iniciativas na área da cultura são visíveis e não dependem exclusivamente do poder público. É como se existisse um movimento contínuo, um calendário extenso de mostras, filmes, festivais, realizados tanto pelos órgãos oficiais da cultura, quanto pelos produtores independentes.
A Secretaria de Cultura de Buenos Aires tem programas diversos, desde iniciativas voltadas para a chamada “cultura de bairro” até grandes ações, como exposições de arte, mostras de teatro e filmes. Por exemplo, durante todo o mês de Setembro aconteceu o Festival Internacional de Buenos Aires, com o foco voltado mais para as produções teatrais. Houve apresentações de dezenas de grupos internacionais, e mais uma programação dedicada às companhias de teatro/dança locais. Vale lembrar que todos os espetáculos dos grupos argentinos tiveram entrada gratuita. Os resultados foram fantásticos, mais de 100.000 pessoas assistiram às peças e às atividades paralelas.
Na última semana de Setembro aconteceu o Festival de Arte de Buenos Aires, com diversas atividades relacionadas às artes cênicas e visuais. Para fechar o festival, realizou-se a “Noite dos Museus”, sábado em que 53 museus da capital abriram suas portas das 19h às 2h da manhã, com entrada gratuita e oferecendo, além de visitas monitoradas, atividades paralelas como shows, oficinas e encontros variados. A festa oficial de encerramento desse festival aconteceu em frente à Direção Geral dos Museus, em Puerto Madero, com apresentações de grupos musicais diversos e DJs.
Por outro lado, a produção cultural independente também é muito rica. Isso eu já tinha percebido quando cheguei aqui, depois confirmei minhas impressões conversando com minha prima e outros conhecidos. Justamente pelas dificuldades que o país enfrenta, os grupos independentes se mobilizaram de uma maneira jamais vista e produzem mostras coletivas, festivais de música, criam centros culturais comunitários, e por aí vai. Nada de ficar parado lamentando a crise, a ordem é juntar-se a pessoas com interesses comuns e fazer acontecer.
Com isso, percebo que, ainda que a cultura aqui sofra os mesmos problemas que em qualquer país da América Latina, especialmente com relação à ausência de uma política cultural bem definida e à constante falta de verbas, as iniciativas para se tentar uma nova aproximação e abordagem junto ao público em geral são evidentes. Todas estas iniciativas obtêm resultados visiveis e, no final, quem ganha é toda a cidade. É claro que existem muitas limitações, e o debate sobre o “acesso à cultura” é permanente e está longe de ser totalmente resolvido. Mas os exemplos que eu mencionei nesse texto mostram que para se produzir uma cultura acessível e com um mínimo de qualidade, antes de dinheiro, é necessário vontade.
E, voltando ao tema inicial desse texto, não é à toa que o cinema argentino cresce cada vez mais. Como resposta ao investimento feito nas produções nacionais, o filme El Aura, junto com mais duas outras produções argentinas, foram os mais vistos nos últimos finais de semana, à frente das produções estrangeiras.
Bom, e para finalizar, uma novidade. Vou começar a fazer um trabalho voluntário numa fundação criada por um artista plástico argentino, e que tem justamente o propósito de criar uma comunidade de artistas e não-artistas para incentivar a produção cultural argentina. Depois conto pra vocês com mais detalhes...
Besos.

viernes, octubre 07, 2005

Missão cumprida

Ontem foi meu último dia de curso de espanhol. Mais uma vez fiquei com a sensação de que tudo passa muito rápido! Comecei outro dia e já se foram 2 meses... Por outro lado, tenho a sensação de que estou aqui faz muito tempo.

Bom, apresento a vocês alguns dos meus amigos do curso. Tiramos essas fotos logo depois do exame oral, no café que fica em frente à universidade. O que valeu a pena nesse curso, mais que estudar espanhol, foi conhecer gente com percursos tão diferentes. Alguns deles continuam aqui em Buenos Aires, outros seguem viagem, outros voltam às suas origens. O Michael, da Australia, veio aproveitar parte de suas férias em BsAs com sua namorada e mais um casal de amigos e agora segue viagem pela América do Sul. Já para o outro Michael, alemão, o motivo de sua vinda para Buenos Aires foi sua namorada argentina, que ele conheceu faz 5 anos pela Internet. A Marjorie e a Rebecca, vieram para cá com uma bolsa de estudos, e estão estudando em faculdades daqui.


Michael (australiano) e sua namorada; Marjorie (francesa) e Michael (alemão);Rebecca (alemã) e eu


E eu, vim pra Buenos Aires para estudar espanhol, descansar e pesquisar temas que me interessam, especialmente sobre arte e cultura latino-americana. E por aqui continuo, cumprindo minha missão...

Besos.

Obs - Somente lembrando: para postar comentários sem ter que se cadastrar, criei um usuário genérico.
Usuário: amigosdaana
Senha: amigos

martes, octubre 04, 2005

La ciudad parte 3: a cultura de rua

Quando me perguntam o que eu mais gosto em Buenos Aires não tenho dúvidas em responder: poder caminhar. Isso é uma coisa que sempre foi meu “sonho de consumo” em São Paulo, mas que eu nunca pude desfrutar. E aqui eu faço uma distinção entre “andar” e “caminhar”. Em São Paulo, anda-se de um lugar para o outro. Como disse uma vez o Isay Weinfeld, “São Paulo é uma cidade de pontos finais, e não de trajetos”. Sempre se têm em mente o destino final, o “quanto tempo leva daqui até lá”, e somente aos finais de semana é que se pode caminhar sem ter a preocupação do lugar e do tempo. Aqui, no dia a dia, é possível caminhar, fazer um percurso, um trajeto. Pode parecer meio simples, mas sinceramente, faz toda a diferença. A diferença entre “ir de um ponto a outro”, e entre “ir de um ponto, caminhando por tal trajeto, até chegar ao outro”.

Em primeiro lugar, a topografia da cidade facilita. Buenos Aires é uma cidade plana, não existem ladeiras, e uma caminhada de 15 quadras é feita com a maior tranquilidade. O sistema de transporte coletivo também ajuda, e muito; se o trajeto é um pouquinho mais longo, sempre vai ter um “102”, ou um “86”, ou uma linha “D” do metrô que te ajuda. Por isso eu me orgulho de, em quase 2 meses, ter andado raríssimas vezes de táxi.

Outra coisa, aqui as ruas aqui são convidativas. Por mais simples que sejam, sempre há uma banca de flores, um prédio, uma árvore, um café, detalhes que tornam qualquer caminhada, por mais apurada que eu esteja, um motivo de prazer. Existem inúmeras praças, as quais, para mim, são a salvação de qualquer cidade grande. Eu sinto falta em São Paulo de boas praças, daquelas para se sentar nem que por 5 minutos, observar as crianças que brincam, os velhinhos que descansam ou simplesmente vêem a vida passar, os casais que aproveitam uns 10 minutos livres pra namorar; praças que existem para que a população possa desfrutá-las, e não para “ornamentar” um bairro. Essas fotos são da Plaza Sobral que fica a duas quadras da minha casa.

Isso faz com que aqui em Buenos Aires haja essa “cultura da rua”. Por isso que os prédios de apartamentos não precisam ter complexos desportivos ou de lazer, basta caminhar por algumas quadras para se chegar a algum parque ou praça, basta ir até a esquina pra se encontrar um café onde você pode ler tranqüilamente o seu jornal sem precisar ficar trancafiado em casa.

Enfim, espero que quando volte pra São Paulo eu possa levar comigo esse hábito, ainda que a cidade não seja lá das mais convidativas para se caminhar. Também espero voltar com esse olhar mais afiado para perceber coisas que antes eu não percebia.

Ah, e por falar em voltar para São Paulo, meu retorno foi postergado para o meio de Novembro... mas eu volto, viu? Besitos.

martes, septiembre 27, 2005

La noche del diez... nota zero.

Ontem, pela primeira vez, vi o novo programa do Maradona, “La noche del diez”. A intenção era vê-lo por inteiro, mas não rolou. É muito ruim. Tão ruim que chega a ser engraçado.

Primeiro que o Maradona me lembra a Alicinha Cavalcanti. Cheirou tanta cocaína na vida que agora tá estragado de vez. Fala efusivamente, dá uns berros absurdos, sorri de uma maneira meio neurótica, às vezes olha para as câmeras com a mesma expressão que ele tinha depois que fez um gol numa copa (acho que na de 98), quando logo depois foi detectado o uso da cocaína. Juro, foi a visão da Alicinha Cavalcanti versão masculina.

O programa em si é uma mistura de Domingão do Faustão com Programa da Hebe. O co-apresentador é o Sergio Goycochea (para quem não se lembra, ex-goleiro da seleção argentina). Milhares de dançarinas fazem coreografias ridículas, e umas associações mais que forçadas para apresentar os convidados. Por exemplo, ontem, uma das convidadas era uma modelo-apresentadora daqui. O Maradona a apresentou como “a mulher que tem as pernas mais longas da Argentina”. Antes que ela entrasse no palco, umas dez modelos-dançarinas entraram no palco em cima de pernas de pau, como se estivessem numa passarela. O outro convidado era um ator que, segundo o apresentador, era o homem ideal para se casar. Pois antes que ele entrasse no palco, surgiram mais umas dez dançarinas vestidas de noiva com uma coreografia beeem fraquinha. E por aí foi.

Mas o que me chamou a atenção é que o “La noche del diez” não me pareceu um programa para o público em geral apresentado pelo Maradona. É um programa para o Maradona que o público em geral gosta de ver. Tudo gira em torno dele, os convidados se rasgam em elogios para ele, ele entrevista os próprios amigos e ex-companheiros (ontem, por exemplo, estava lá o Caniggia – que por sinal está parecendo um cachorro de rua), o que acaba enchendo o saco.

Mas o que é indiscutível é que o cara tem mais poder aqui que qualquer presidente. E essa é a diferença entre a relação do argentino com o Maradona e da relação do brasileiro com o Pelé. Eu acho que o Pelé foi melhor que o Maradona, mas o Pelé está longe de ser o ídolo da minha vida. E aqui é exatamente o contrário.

O fato é que 15 minutos de programa já me bastaram. Mais do que nunca, como apresentador de televisão, Don Diego é o melhor jogador de futebol do mundo.

miércoles, septiembre 21, 2005

É primavera...

Nunca vi a primavera ser tão festejada. Hoje, 21 de setembro, primeiro dia da estação, é feriado em Buenos Aires. Os estudantes não têm aula, a cidade fica mais colorida e alegre, exatamente como pede a ocasião.

As pessoas ficam nas praças, lotam os parques, bares, sorveterias, compram flores para presentar os amigos, familiares, e para colocar em casa. Por isso as bancas de flores (eu adoro isso, elas estão por toda a parte), aumentam a oferta e enchem as calçadas de cor e cheiro bom. Eu, claro, não poderia fugir à regra e comprei um raminho de “fressias” (aí na foto) para enfeitar o meu apertamento.

O tempo também colaborou. Hoje fez um dia lindo, sol, céu azul, um certo calorzinho durante à tarde mas que agora já foi substituído por um friozinho gostoso.

Realmente um dia simples mas que vai ficar marcado... e eu acho que pra mim o primeiro dia da primavera nunca mais vai ser o mesmo.

lunes, septiembre 19, 2005

Amores perros

Os argentinos amam cachorros. Aqui, esses animais são os melhores e maiores amigos dos portenhos. Eles adoram raças grandes como labrador, doberman, boxer etc. e, não sei como, convivem com eles em apartamentos pequenos. Daí que, pelo menos duas vezes por dia, os donos saem com seus bichos para passear. Isso faz com que os cachorros estejam bem acostumados com o movimento dos carros e das pessoas, tanto que é freqüente encontrar cães caminhando sem coleira.

Só que eu cheguei meio desavisada... e por várias vezes quase morri de infarto encontrando um cachorrão no meio da rua. Quem me conhece sabe que eu não sei interagir muito bem com os cães. Uma ocasião fiquei branca de medo quando caminhava e, de repente, me dei conta de que havia um doberman sem coleira ao meu lado (minha família deve imaginar – vocês se lembram da Kelly, lá do Residencial em Guará?). Pois é... mas depois fui me acostumando.

Quando os donos não têm tempo, contratam os já conhecidos “passeadores de cachorros”. Nessa foto, o passeador tinha ido devolver um dos seus clientes, enquanto os outros esperavam tranquilamente a continuação do passeio. Foi a maior concentração de labradores caramelos que já vi.


Bom, como eu já contei, a maior parte dos apartamentos não tem áreas de lazer e serviço, ou seja, as ruas acabam sendo as áreas de lazer e de “serviço” dos cães. Se você se distrai, é carimbado. O “presentinho” aí na foto é apenas um exemplar dentre milhares que existem nas calçadas portenhas. Ainda estava intacto, mas constantemente encontro registros de pessoas que não foram tão afortunadas...

Essa história de dono levar junto um saquinho plástico para limpar a caca do seu bichinho não existe. Ou seja, aqui em Buenos Aires é preciso andar com um olho pra frente e o outro pro chão. Bobeou, sujou...

Besitos.

jueves, septiembre 15, 2005

La ciudad parte 2: Prédios e apartamentos


A arquitetura dos edifícios, em geral, é antiga. Com exceção dos bairros mais chiques ou modernos, os prédios são velhos, às vezes mal cuidados em seu aspecto exterior, mas outras vezes com um clima dos “tempos de outrora”. São grudados uns nos outros. Aqui dificilmente se encontram edifícios com recuo. O prédio aí do lado é o meu.

Por dentro deles há coisas que, para uma paulistana, são difíceis de se acostumar. Os elevadores, por exemplo, têm porta manual. Na verdade duas portas, uma de grades, e a outra da cabine que, por sua vez, quase sempre suporta até 3 pessoas. Também não são automáticos, e só obedecem uma chamada de cada vez. Outro dia entrei no elevador com um vizinho. Apertei o meu andar e, como sempre faço em SP, perguntei qual era o andar dele. Ele me respondeu: quarto. Imediatamente apertei o botão do andar dele, mas percebi no seu rosto um leve sorriso como quem pensa “ô fofinha, o elevador só obedece um comando de cada vez...”. E só depois me dei conta disso. Vivendo e aprendendo...

Os banheiros não têm janela. Nenhum deles. Têm apenas uma abertura para o canal de ventilação do prédio. O que às vezes me dá uma certa crise claustrofóbica, que logo passa.

Os prédios, em sua maioria, não têm área de lazer. Piscina, playground? Nada. E isso tem como conseqüência um outro tópico que vou escrever mais pra frente, falando sobre a “cultura de rua” dos portenhos. Nem área de lazer, nem área de serviço. Lugar pra varal, lava-roupas, secadora, tábua de passar, quarto de empregada, despensa? Virgi. E, também como conseqüência, muitas vezes as sacadas dos prédios acabam por cumprir esse papel. É comum ver sacadas com roupas penduradas, bicicletas encostadas, caixas; a minha, por exemplo, tem balde, vassoura, varalzinho, produtos de limpeza etc... Ao lado vocês podem ver a minha varanda, com a visão para os fundos do prédio, e com a bagunça escondida, claro.

Eles economizaram bem nos espaços, viu...

Besitos.


miércoles, septiembre 14, 2005

La ciudad


Buenos Aires é uma cidade encantadora. De verdade, acho que dificilmente uma pessoa que a conheça não se encante, por um motivo ou outro.

Mas quando se passa algum tempo aqui, é possível notar com mais precisão o que exatamente há de tão encantador nessa cidade. Pode ser por motivos bons, inusitados, às vezes até mesmo incompreensíveis.

Para mim, que sou de São Paulo, uma cidade onde se tem de tudo o que há de mais moderno, viver em Buenos Aires significa entender como a modernidade pode conviver com a nostalgia.

Porque uma das minhas primeiras impressões sobre Buenos Aires é que ela é uma cidade nostálgica. Parece que se ouve um tango cheio de lamento o tempo inteiro, bem ao fundo, mesclado com sons de risadas, choros de crianças, buzinas de carros, gritos de protestos, pedidos de ajuda, homens cantando na madrugada. A poesia está nos buenos aires.

Bom, para esse tópico não ficar muito extenso, vou dividi-lo em subtemas que escreverei mais para frente: os prédios e apartamentos, as ruas, os carros e por aí vai.

Por ora, deixo com vocês 2 fotos que tirei numa caminhada pelas calles porteñas, para tentar passar um pouquinho desse clima...

Lo pasamos super!

Na semana passada, assim como milhares de brasileiros que lotaram a cidade por conta do feriado de 7 de setembro, meu amigo Carlos Borges, vulgo Carlão, veio passar 5 dias aqui com um amigo, Fabiano. Acabamos nos encontrando só por 2 dias, mas posso dizer que sua passagem foi avassaladora.


No sábado, começamos o dia no restaurante "Siga la vaca". Assim que chegamos, a garçonete nos explicou o esquema da casa: "Vocês têm direito ao buffet de saladas, às carnes e à bebida, que pode ser vinho, água ou refrigerante". Perguntei "é uma taça de vinho?". Ela respondeu: "Não, uma garrafa". Perguntei: "Uma garrafa por mesa?". Ela respondeu: "Não, uma garrafa por pessoa". Pasmem. Por 31 pesos (algo em torno de 26 reais), comemos como uns condenados e ainda bebemos uma garrafa de vinho... cada um.

Depois disso, seguimos para Palermo Viejo, bairro que seria compatível com a nossa Vila Madalena. Caminhamos pelas lojinhas e os dois meninos, incansáveis, me arrastaram para o Olsen, restaurante Norueguês, cujo diferencial é a variedade de vodkas... não preciso dizer mais nada.

Após uma tarde tão intensa, a noite não poderia ser diferente. Após um breve descanso, voltei a me encontrar com eles por volta das 1h am. Agora, o destino foi o Roxy... segundo o Carlão, uma balada rock&roll decadente, como ele mesmo gosta. Trata-se de uma danceteria que fica embaixo de uma linha de trem, com 2 pistas, vários bares e muita gente. Tá certo que 99% dos freqüentadores não devia ter mais que 20 anos, mas a música (muito rock com alguns lampejos de pop e dance) e a companhia (Carlos, Fabiano, alguns amigos do Fabiano e um recém amigo portenho dos dois), fizeram a diferença.

Não tenho muito mais o que dizer, só posso agradecer ao Carlão e ao Fabiano por esses momentos únicos...

Como dizem aqui: lo pasamos super...!

jueves, septiembre 08, 2005

O começo de tudo

Antes de falar da vida aqui em Buenos Aires, acho importante falar sobre o começo disso tudo. Afinal, ainda não sou tão "porra-loca" para chegar ao ponto de decidir de um dia para o outro que iria morar na Argentina.

No final de 2004, o Banco Santos sofreu a intervenção do Banco Central. Todos os negócios diretos e indiretos da instituição, pararam completamente. A BrasilConnects, braço cultural do banco, sofreu diretamente com a falta de recursos financeiros provenientes do banco e, alguns meses mais tarde, estaria fechando as portas... Tudo seria apenas uma notícia de jornal se eu não fosse a Coordenadora do Programa Educativo da BrasilConnects, e visse, de uma hora pra outra, meu emprego indo pro saco...

A partir daí tive que tomar uma decisão: escolher ficar desesperada por não ter mais meu emprego, ou aproveitar a situação para efetivar as mudanças que eu já sentia que estavam vindo. E, por isso, decidi que 2005 iria ser o ano da transformação. Deixei, por opção, muitas coisas para trás e busquei um novo sentido pra minha vida pessoal e profissional. Aceitei trabalhar num projeto de uma exposição de forma autônoma, fato que me fez amadurecer muito. Vendi meu carro buscando um novo tipo de cotidiano, menos preso ao trânsito infernal e mais ligado ao caminhar. Abaixo à preguiça! Decidi me aprofundar cada vez mais no tema da integração cultural latino-americana. Abaixo a ditadura cultural dos Estados Unidos! E, com isso, decidi que teria que falar (bem) o espanhol.

E já que o tempo era de mudança, tinha que mudar de lugar, de ares. Tinha que buscar uns bons ares...

Agora vai... la vida en los Buenos Aires...

Agora não tem mais jeito. Por mais que adiasse esse momento, ele chegou. Vou começar a escrever minhas impressões a partir da experiência de viver em Buenos Aires. Já se passou um certo tempo e pude amadurecer algumas opiniões, chegar a algumas conclusões, ver cenas e imagens que agora têm que ser compartilhadas... antes que se percam por aí.

Ainda não sei muito bem como vou organizar os textos que já existem aqui na minha cabeça, mas a coisa vai sair, não se preocupem.

sábado, junio 11, 2005

vinte e sete.

Vinte e sete anos.

Quando era pequena, achava que com essa idade já estaria casada e com filhos.

Não estou casada, não tenho filhos, mas está tão bom assim...

Ainda sou uma criança, engatinhando, aprendendo! Mas já estou fazendo bem a lição de casa...

Eu gosto desse número. Vinte e sete. V I N T E E S E T E.

Me sinto bem.

lunes, junio 06, 2005

Vivendo e aprendendo

É meus caros, rapadura é doce mas não é mole não.
E só apanhando que a gente aprende algumas coisas... Sempre ande com sua pulga de estimação atrás da orelha. As aparências enganam...
O importante é não desistir.
Para quem está boiando em tudo isso, só digo uma coisa: a vida às vezes nos põe em situações delicadas para que a gente só tenha certeza do que veio fazer aqui.
E semana passada, por conta de alguns acontecimentos desagradáveis, só tive mais certeza do que quero da minha vida.
Aproximar as pessoas da arte. Qualquer arte. Todo tipo de arte.
Criar condições para que todos saibam o poder criativo que carregam dentro de si.
Aceitar e celebrar as diferenças. Viva a diferença! Viva a diversidade!
Comunicar é tudo. Saber comunicar é uma arte.

sábado, mayo 14, 2005

Começando...

Ainda sou a iniciante das iniciantes nessa história de blogs... mas acho que isso vai ser bacana.