domingo, diciembre 10, 2006

E ele se foi.

Posso dizer que vivi um dia histórico no Chile. O velho Pinochet, que já parecia ser imortal, hoje passou para o andar de cima (ou para o de baixo). O Chile pode ser considerado um país dividido entre os que o apoiam e os que não o apoiam. Existem esses dois grupos, ainda que dentro deles haja pessoas mais ou menos fanáticas, mais ou menos engajadas.

Mas eu me impressionei ao saber que há tantas pessoas que o idolatram, tratando-o como o homem que salvou o Chile, que impediu que o caos aqui se instalasse. Aliás, tenho lido vários comentários de pessoas que justificam a ditadura Pinochet com suas conquistas para o desenvolvimento econômico do Chile. Foi o seu governo que criou as bases econômicas para que o Chile se tornasse o país mais desenvolvido da América Latina. E foi seu governo que assassinou mais de 3.000 pessoas, torturou outras 30.000, e fez com que 1.000 famílias não soubessem até hoje onde estão parentes mortos.

Não existe justificativa para essas mortes. Nem desevolvimento econômico, nem nada.
Não quero aqui me alongar muito, pois há gente muito mais qualificada que eu que certamente saberá analisar melhor o que significou essa ditadura. Só quero escrever que eu não festejei a morte dele, aliás, como muitos chilenos. Teríamos festejado se ele tivesse pago por pelo menos 1% do que fez.

Já que morrer vamos morrer todos, que o castigo dele tivesse sido à altura dos seus feitos.

No hay comentarios.: