martes, enero 30, 2007

Uma pequena gigante que emocionou a todos


Na quinta passada o povo santiaguino amanheceu assustado. Pela cidade, vários ônibus e carros acidentados, trens descarrilados, postes tombados... tudo isso por causa de um rinoceronte perdido, que chegou da África por debaixo da terra até as minas de cobre do Norte do Chile, e depois veio caminhando até chegar em Santiago. Ele, assustado, saiu causando todos esses estragos, mas por sorte uma menina gigante estava por chegar para poder pegá-lo e levá-lo de volta a sua terra natal. Os noticiários na TV mostravam passo a passo como estava essa inusitada aventura.
Acidente de trem causado pelo rinoceronte

Estão achando que eu fiquei louca? Pois perguntem a todas as pessoas daqui pra ver se isso não foi verdade...
Essa história é parte do espetáculo "A pequena gigante em busca do rinoceronte perdido", da Cia. de teatro de rua Royal de Luxe, que veio da França para encerrar o festival de teatro Santiago a mil.
Tudo isso que eu contei a vocês realmente aconteceu. A Pequena Gigante é uma marionete de mais de 5 metros de altura que, ao ser manipulada por 18 homens, caminha, dança, dorme, faz xixi (sim!!!), pega crianças no colo e olha as pessoas como se fosse de verdade (aliás, pra mim ela é de verdade - ela me olhou, juro!!!).

A Pequena Gigante fazendo sua siesta


A Pequena Gigante percorreu as ruas de Santiago de sexta até domingo, fazendo pausas para a siesta, e dormindo à noite. Sua aventura pela cidade terminou no domingo, quando ela finalmente encontrou o rinoceronte (também manipulado por outros tantos homens), e os dois seguiram juntos de volta à França.
Um show de teatro de rua, um show de organização, de envolvimento de toda uma cidade em torno a um espetáculo mágico. Centenas de milhares de pessoas (inclusive eu), foram às ruas para vê-la ainda que fosse por um instante. Me emocionei como há tempos não me emocionava, me senti como se tivesse de novo 5 anos de idade, me empolguei ao vê-la desfilando seus lindos olhos grandes ao som de uma maravilhosa banda de música ao vivo.
O festival Santiago a Mil aconteceu durante todo o mês de Janeiro e, além de apresentar peças nacionais, trouxe à cidade nomes como Pina Bausch (da qual eu consegui ver um ensaio aberto) e Peter Brook.
Um exemplo de organização e a prova de que a arte de qualidade sempre é muito bem-vinda em qualquer cidade e por qualquer pessoa.
No ano que vem tem mais, e espero ver gente do Brasil nos palcos e ruas de Santiago...

Para ver mais imagens da Pequena Gigante, acesse: http://www.stgoamil.cl/galerias.htm


viernes, enero 05, 2007

Año Nuevo


DSC05460
Originally uploaded by anapaula_aleixo.


FELIZ AÑO A TODOS!!!
Esse foi meu primeiro Reveillón fora do Brasil. Já estava meio preparada para as diferenças, a começar pelo nome - você fala Reveillón e eles não entendem nada (precisam aprender francês haha). Além disso, aqui não tem nada disso de se vestir de branco, pular 7 ondas... em compensação tem uma tradição que eu achei bem curiosa: tem gente que um pouco antes da meia-noite dá uma volta no quarteirão com uma mala de viagem, para que o ano venha cheio de viagens... imagina a cena.
Bom, voltando ao tema: fiquei feliz que fomos a Viña del Mar, pois passar o Reveillón na praia é outra coisa. Fomos eu, Claudio, Darío e um casal de amigos, Álvaro (Perico) e Dafne.
Foi um fim de semana regado a muito vinho e mantido a muito churrasco, como gostam os chilenos.
No dia da virada fomos para Valparaíso, cidade vizinha a Viña, para ver os fogos de artifício. Como precisávamos de emoção, a saída de Viña, que havíamos programado para as 22h30 (já que teríamos que pegar estrada), só aconteceu às 23h15. Imaginem o meu desespero com a possibilidade de passarmos o Reveillón em plena estrada... Bom, mas por sorte chegamos a Valparaíso às 23h45 e fomos direto a um escritório que ficava no 15º andar, de frente para o porto, onde haveria o show de fogos.
As ruas estavam cheias, as pessoas comemoraram bastante, a queima de fogos foi linda e aconteceu por toda aquela região litorânea, desde Valparaíso até Con Con (como se fosse desde Maresias até Juqueí (guardadas as devidas belezas).
Mas realmente é uma sensação estranha passar o Reveillón fora do Brasil. Apesar de ter feito todas as minhas mandingas, estar vestida 100% de branco (acho que pensaram que eu era uma médica de plantão), ter pulado 7 ondas no dia seguinte (e quase ter congelado meus pés) e de estar ao lado de gente que amo, não tem jeito: Reveillón é no BRASIL.

Aí vai um videozinho que fiz da queima de fogos (que durou 20 minutos). Para ver todas as fotos, do Natal no Brasil e do Reveillón no Chile, basta clicar na foto acima.